segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O anjo que será eterno na missão de nossas vidas


Durante as operações do Projeto Rondon militares são designados para garantir a segurança das equipes nos municípios de atuação e realizar a conexão com o batalhão que sedia a operação. Esses militares de ligação são chamados de “anjos” pelos rondonistas e durante os 14 dias são deslocados de seus batalhões para conviver com as equipes de acadêmicos.

Para Nazaré do Piauí o “anjo” designado foi Sargento Meireles, do 25º Batalhão de Caçadores de Teresina/PI, um rapaz sério, observador, solicito e de pouquíssimas palavras. Desde o momento em que fora apresentado a nossa equipe não hesitou em nenhum segundo auxiliar nas melhores decisões, buscando sempre facilitar e viabilizar da melhor forma o trabalho dos rondonistas.

Com o passar do tempo o rosto fechado de nosso guardião passou a dar espaço para breves sorrisos e algumas histórias. Pouco a pouco descobrimos o ser humano atrás da farda. Descobrimos o Stharnley.
Sthrnley é um rapaz que gosta de música e até arrisca alguns acordes no violão, nas horas vagas auxília a irmã no grupo de jovens Desbravadores, como lazer solta a ginga na capoeira, tem um grande orgulho e prazer em contar algumas historias de caserna e acima de tudo é um amigo valoroso.

Em 14 dias de convivência conhecemos duas pessoas de excelente índole dotada de um grande coração. Duas pessoas que na verdade são apenas um, um amigo para todo o sempre.


“Não poderia haver palavra melhor para descrever o que ele foi para nós: Anjo! Sempre nos acompanhando e nos cuidando, ele se tornou parte desta história, que cada um vai guardar pra sempre na memória. Que nossa amizade continue e que um dia possamos reunir toda turma novamente para relembrar esta etapa de nossas vidas que foi cumprida com sucesso.”
Ana Paula Huttra Kleemann - Acadêmica de Medicina Veterinária

“Sem palavras para descrever a personalidade de um cara muito especial, ANJO, como é chamado, entrou para a família, e quase virou gaúcho, até chimarrão já estava tomando conosco... Foi muito bom ter conhecido uma pessoa como ele, sério e alegre ao mesmo tempo, vai deixar saudade, mas te esperamos lá no Sul, Valeu parceiro!!!”
Régis Filipe Schneider - Acadêmico de Medicina Veterinária

"O que dizer do “anjo”, uma pessoa amiga, cordial, dedicada e que propiciou a nossa equipe muita tranquilidade e segurança. Seu trabalho de acompanhamento foi de extrema importância, só temos a agradecer. Parabéns Sargento Meireles, vamos ficar com saudades."
Carla Patrícia Schultz Coppeti Rondonista - Acadêmica de Engenharia Civil

“O nosso anjo, assim carinhosamente denominado, foi de extrema importância nestes dias, ao longo dos dias laços de amizade foram se fortalecendo. De maneira alguma se negou a algo, sempre disposto a ajudar, ouvir e estar junto a nós. De tudo isso fica a amizade, de toda uma família formada, a família Rondon. Os gaúchos te esperam de braços abertos no nosso pago amado!”
Luiza Amabile Uhde Scortegagna - Acadêmica de Engenharia Civil

“Bom, o que falar desse vivente? Acho que se resume em uma única palavra, AMIGO. Um guri que apesar da cara de "marrento", mostrou-se uma pessoa de grande coração. Nos identificamos muito pelas experiências militares e também pelo jeito moleque de ser, dando risada quando nem se quer uma palavra tenha sido dita, e sendo extremamente profissional nas situações mais tensas. Mas o que levo comigo certamente uma grande amizade que espero que o tempo não deixe apagar, e também acho que não somente eu, mas toda a equipe, uma visita do Stharnley nos pagos gaúchos. Abraços”
Cássio Tomazi - Acadêmico de Agronomia

“Mais que Anjo, nosso guardião, amigo e conselheiro, em todos os momentos nos acompanhando e participando de corpo e alma, zelando pela união de todo o grupo, fazendo com que confiássemos nele para tudo, o que deveria ser difícil afinal, uma pessoa que até então nunca tínhamos nem visto, porém se tornou uma espécie de irmão, sem palavras, surpreendeu todas as expectativas e com certeza marcou cada um de nós. Desejo que esse laço jamais se perca e que ainda possamos nos cruzar muito nessa vida, Obrigada por tudo!”
Nailene Denise Dreilich - Acadêmica de Agronomia 

“O que falar desse colega de farda, durante este tempo que tivemos juntos pude vivenciar e relembrar todo o companheirismo e amizade que tive com colegas da caserna, és um grande militar e um exemplo para seus pares continue assim. Lembre-se que mais importa é a pessoa que veste a farda e nunca deixe que o rigor e o peso da missão façam esmorecer esta pessoa maravilhosa que você é. Grande abraço amigo! SELVA BRASIL!!!!!”
Orvandir Luis Joris - Acadêmico de Educação Física

“Nesse momento só posso parafrasear nosso anjo: Você tem um bom coração!”
Fabio da Costa Petry - Acadêmico de Comunicação Social

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A hora do adeus

Admiração mútua: Rondonista Cássio Tomazi, despedindo-se do menino Lourivan.
Cedo ou tarde temos que nos deparar com despedidas. Seja quando trocamos de cidade para estudar, casamos e mudamos de casa, sempre há pessoas que vão embora ou ficam. Para os rondonistas é um momento inevitável, mesmo que esperado. Despedir-se de pessoas com quem nos sensibilizamos, afeiçoamos e em algum ponto nos identificamos, mesmo que por um curto período de tempo, é algo que causa no coração de cada rondonista um pequeno aperto no peito.

Depois de 14 dias de contato com a população de Nazaré do Piauí, aprendendo os costumes locais, nomes de ruas e estabelecimentos, conhecendo a história de alguns moradores, nos tornamos um pouco “donos” desta vida. E por sua vez os nazarenos passaram a conhecer a cada membro das equipes que atuaram no município, conseguindo até perceber quando a saudade de casa torna-se visível aos mais observadores.

Estamos a um dia de nossa partida, na bagagem estamos levando a esperança de que o mundo pode ser um lugar melhor e mais justo. E também deixamos um pouco de nós no olhar de cada criança, no exemplo que procuramos dar no tempo de nossa estada. O adeus é breve, mas será eterno em nossas lembranças. Para o futuro, de quem vai e de quem fica, o desejo de se reencontrar e que esse nosso rápido convívio tenha surtido efeito no passar dos anos.

Se questionar, neste exato momento, os rondonistas da Universidade Regional do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí ou os rondonistas da Universidade Estadual do Goiás – UEG, sobre o que aprenderam durante o Projeto Rondon, certamente a resposta será “aprendemos a ser gente”.

Capoeira é coisa de... Gaúcho?!

Luis ensinando capoeira para os meninos nazarenos. Foto: Cássio Tomazzi
O rondonista Luis Joris, acadêmico de Educação Física, é praticante de capoeira há 5 anos, trouxe na bagagem para Nazaré do Piauí um pouco da aprendizagem adquirida no Grupo Oxósse de capoeira.


Na manhã desta quinta-feira, 30, Luis reuniu as crianças que se encontravam na Escola Estadual João Leal para transmitir um pouco da cultura da capoeira e plantar essa semente no coração da meninada.

Noite Cultural em Nazaré do Piauí

Pela sua extensão territorial o Brasil possui diversos biomas, inúmeros sotaques, as tradições e a cultura de cada região variam a tal ponto que as semelhanças tornam-se quase imperceptíveis. As pessoas são tão diferentes que um observador desatento poderia dizer que se tratam de vários países agrupados.
Com o intuito de reduzir a distância cultural do triangulo Piauí, Goiás e Rio Grande do Sul os rondonistas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ e da Universidade do Estadual de Goiás realizaram no domingo, 26, na praça central do município a Noite Cultural. Durante o evento os três estados tiveram a oportunidade de mostrar suas culturas e tradições.

Para dar inicio no compartilhamento da noite os presentes entoaram o Hino Piauiense, seguido do Hino de Nazaré do Piauí, uma verdadeira prova de apreço a sua região. Na sequencia das atrações os participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCSV apresentaram dança típica da região retratando a formação do Piauí.

Foto: Paulo Ernesto Scortegagna
A Universidade Estadual de Goiás – UEG teve a professora coordenadora, Nilda Pascoali Pascol Rezende, como mestre de cerimonias do grupo. O grupo apresentou vídeos que mostraram a cidade de Quirinópolis e a Universidade da qual fazem parte. Para encerrar sua apresentação os rondonistas da equipe goiana cantaram “Saudade da Minha Terra – Goiás meu amor”.

Para a rondonista goiana, Sarah Brena Aparecida Rosa, acadêmica de Biologia, a noite cultural foi muito interessante. “Achei diferente, a cultura do sul é muito diferente das outras duas, por causa do tradicionalismo e das danças, que são muito bonitas”, disse. Sarah acrescentou ainda que “a cultura do nordeste que é baseada em samba e forró, com suas fantasias de carnaval e baiana que simbolizam as religiões e o Goiás com seu imbatível sertanejo que é uma cultura nacional”, finalizou.

Foto: Paulo Ernesto Scortegagna
Em sua vez a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí trouxe o pago para o Piauí. A equipe de rondonistas da Unijuí apresentou-se devidamente pilchada e entoou o Hino Rio-grandense. Na sequencia apresentou o trailer do documentário Epopéia Ijhuy, seguido do vídeo institucional da Unijuí. Para encerrar sua participação na noite, a equipe de rondonistas executou duas danças típicas gaúchas e uma legítima Vanera com direito a participação do público que assistia.


Foto: Paulo Ernesto Scortegagna
A noite contou ainda com a apresentação de repentistas da Terceira Idade e uma banda de pop rock da cidade. “Encontrei os meninos por acaso. Estávamos fazendo uma atividade em frente a igreja e como  havia alguns músicos tocando fui conferir. Quando vi que também tocavam pop rock me disponibilizei a tocar com eles.” Esclarece o rondonista, Fabio da Costa Petry, que participou da apresentação artística dos meninos de Nazaré do Piauí.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Lagoa de Nazaré: Uma beleza desconhecida

Lagoa de Nazaré - Nazaré do Piauí/PI
Para encerrar a primeira semana de atividades da Operação Velho Monge em Nazaré do Piauí os rondonistas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ e da Universidade do Estadual de Goiás realizaram uma ação conjunta para conscientização de proteção do meio ambiente.

Rondonistas e locais durante a ação.
Depois de um sábado com céu nublado e chuvas esparsas, o domingo chegou com um lindo dia como se soubesse que os rondonistas em atividade no município precisavam de sol e tempo estável para desenvolver a atividades na Lagoa de Nazaré.

A lagoa é formada pelos rios Piauí, um dos afluentes do rio Parnaíba e o rio Mucaitá. Utiliza a lagoa como área de diversão e lazer para toda comunidade, considerada principal área de turismo do município. A Lagoa de Nazaré foi considerada em 1993 Área de Preservação Ambiental Estadual, com intuito de proteger e conservar a biota nativa, bem como os mananciais hídricos visando a melhoria da qualidade de vida local.

Rondonistas Lilian Barboza (UEG) e Luis Joris (Unijuí)
com Sargente Meireles confeccionando lixeiras. 
O objetivo da ação conjunta consistia em sensibilizar os cidadãos nazarenos para o exercício de atitudes promovam o bem-estar coletivo e a conscientização da necessidade de preservar o meio ambiente e fomentar a redução e reciclagem, além de ressaltar a população que o local é uma área de preservação permanente.


Com a presença de alguns cidadãos nazarenos, entre crianças e adultos, os rondonistas da Unijuí e UEG promoveram a coleta de lixos às margens da Lagoa de Nazaré, informando aos envolvidos a importância deste ato. Ainda na Lagoa, os rondonistas mostraram aos participantes como montar lixeiras com materiais disponíveis no próprio local.
Equipes de rondonistas no final da ação conjunta.

domingo, 26 de janeiro de 2014

E quem não conhece o Xerec?!

Xerec esbanjando felicidade em sua banca de carne.

Não existe fórmula mágica para criar um personagem folclórico, eles apenas acontecem, e com seu carisma arrecadam seguidores, admiradores e outros tantos que ficam fascinados por suas histórias. Em Nazaré do Piauí este personagem tem rosto, nome e bom humor. Edilson, mais conhecido por Xerec, é um senhor de meia idade, com sorriso sincero e permanente, trabalha na feira municipal, comercializando carnes junto ao seu pai e irmãos.

O rondonista Luis Joris identificou imediatamente Xerec.
Na foto estão acompanhados de Seu Amaro, pai de Zerec.
Muito antes da equipe de Rondonistas da Unijuí pisar em solo nazarense, o nome de Xerec já era conhecido, graças aos inúmeros vídeos encontrados na internet, em que Xerec era personagem das mais variadas situações. Em nossa breve estada em Nazaré do Piauí tivemos a oportunidade de conhecê-lo e ainda não encontramos nenhuma pessoa que argumentasse algo contra este ícone nazarense, somente ouvimos comentários como: “Xerec é do povo!” ou “esse é gente boa”.

Xerec atribui seu jeito a necessidade de alegrar as pessoas. “Sempre que tem algo eu apareço para dar uma animada no pessoal”, afirmou. “Sou um brincalhão, há quem goste e quem não goste, mas eu não mudo. Vou morrer brincando”.

Esperamos que esteja brincadeira perdure por longos anos, sempre animando esse povo acolhedor de Nazaré do Piauí.

É dia de sábado! É dia de feira!


O retrato mais fiel de uma comunidade são as feiras públicas, onde temos a oportunidade de experimentar todos os sabores, odores e visões de um determinado lugar. Em Nazaré do Piauí não é diferente, todos os sábados a partir das 5h acontece a feira municipal, prestigiada por cidadãos de todas os povoados do município.

Pensando nisso as equipes de rondonistas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ e Universidade Estadual do Goiás – UEG realizaram uma atividade em conjunto, divulgando ações de prevenção à saúde, cuidados no trânsito, orientações para população da terceira idade, assim como a produção de um diagnóstico rápido sobre as questões que abrangem a saúde pública, saúde e segurança no trânsito.

Para a sub-coordenadora da equipe da Unijuí, professora Leonir Terezinha Uhde, área de agronomia, foi uma experiência fantástica. “Eu adorei a feira pela diversidade de produtos que oferece na área da produção agrícola, como alho, cebola, batata, feijão e arroz. E também toda diversidade de verduras e frutas como berinjela, pimenta, batata inglesa, banana, manga e mamão”.

A professora destacou ainda que um dos itens detectados no diagnóstico rápido foi com relação a produção. “Boa parte dos vegetais, frutas e verduras, vem de outros municípios, como Juazeiro, na Bahia, porém eles poderiam e deveriam ser produzidos no município de Nazaré do Piauí pelas condições de solo e clima. E muitos dos produtos já existem no município como caju, manga, entre outras frutas nativas como umbu verdadeiro, cajá, tamarindo, goiaba”. A professora ainda acrescentou que “esses produtos, além de serem oferecidos na feira e no comercio local, poderiam ser oferecidos nas escolas do município gerando renda e agregando mão de obra”.

Já o acadêmico de medicina veterinária, Régis Filipe Schneider, considerou a feira local muito interessante. “É uma feira com bastante variedade de produtos, tanto de artesanato como de produção. É algo diferente da nossa realidade, com outros costumes”, destacou o rondonista.

Na tarde deste sábado (25) os acadêmicos das duas universidades concluem o planejamento para ação que ocorrerá amanhã na Lagoa de Nazaré do Piauí com atividades voltadas ao meio ambiente, conscientização e preservação do local.